45 – Pandemia – Estado de São Paulo

A pandemia Covid-19 no Estado de SP começou na RMSP – Região Metropolitana de São Paulo, região mais populosa do estado, que representa 47,3% da população. O interior de SP, dividido em 16 regiões, tem 52,7% da população do estado

Se o vírus fosse “democrático”, isto é, se atuasse de forma igual em todos os locais, sem distinção nenhuma, no final da pandemia teríamos uma distribuição de óbitos igual à distribuição da população.

Na Figura 01, logo abaixo, temos a evolução dos óbitos diários e por milhão de habitantes, no estado de São Paulo, na RMSP, no interior e na capital.

Figura 01

Na Figura 02, logo a seguir, temos apenas a RMSP e o interior que, em conjunto, representam todo o estado. Em outras palavras, a curva representativa do estado está sempre entre a curva da RMSP e interior.

Ainda na Figura 02 nota-se, clara e obviamente, que no início do processo a RMSP tinha mais óbitos que o interior e nos últimos dias a situação inverteu-se, passando o interior ter mais óbitos que a RMSP.

Figura 02 – Evolução dos óbitos acumulados em SP – anos de 2020 e 2021

A Figura 03 mostra, em porcentagens, a evolução diária da RMSP e do interior no ano de 2021.

No dia 31-05-2021 as duas curvas apresentaram porcentagem igual a 50%, isto é, o número de óbitos na RMSP ( 55.695 ) ficou igual ao número de óbitos no interior de SP ( 55.679 ).

No dia de hoje (20-07-2021) temos:

RMSP              64.236 óbitos              47,4% do total

Interior           71.254 óbitos              52,6% do total

Pela evolução dos números, em 3 a 5 dias atingiremos  um número de óbitos que representará as seguintes porcentagens, que é exatamente a proporção entre a RMSP e o interior do estado:

RMSP              47,3%

Interior           52,7%

Mais uma vez, se o vírus fosse “democrático”, essa proporção seria mantida mas a tendência é que o interior apresente ainda por algum tempo esse desequilíbrio .

Figura 03 – Evolução dos óbitos (em porcentagens) em SP – ano 2021

Evolução do CG (centro de gravidade)

As Figura 04, 05 e 06 apresentam o “caminho” feito pela pandemia, partindo da cidade de São Paulo para o interior do estado.

Se o vírus fosse “democrático”, como dissemos no parágrafo anterior, o final da pandemia seria numa localidade entre Campinas e Indaiatuba, que é o Centro de Gravidade (CG) da população do estado.

Como atualmente a evolução no interior está mais forte que o esperado, o CG atual já está próximo de Monte Mor, indicando que cidades mais distantes da capital estão apresentando óbitos acima do esperado, puxando o CG para além do previsto.

Nessas figuras são assinalados os dias iniciais de cada mês mostrando a “velocidade” da evolução do CG da pandemia.

Logo no início do processo, entre maio e junho de 2020, houve um certo equilíbrio entre os óbitos da RMSP e do interior. Entre 01 de julho e 01 de agosto houve um forte movimento em direção ao interior. Durante os últimos meses o movimento tem sido mais lento e a tendência é estacionar em um determinado ponto, no fim da pandemia. Se esse ponto estará próximo ao CG da população ainda não sabemos.

Figura 04 – Evolução do CG da pandemia e CGs das áreas e populações de SP

Figura 05 – Evolução do CG da pandemia – anos de 2020 e 2021

Figura 06 – Evolução do CG da pandemia nos últimos 10 meses

O mapa da Figura07 apresenta em destaque as regiões que têm índices de óbitos por habitante superior ao da RMSP. Essas regiões são as mais distantes da capital e por isso o CG da pandemia “ultrapassou” o CG da população.

Figura 07 – Regiões Administrativas de SP

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